segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Meu risco

"Te ver e não te querer, é improvável é impossível
Te ter e ter que esquecer, é insuportável é dor incrível"


O que é que eu vou fazer se toda vez que eu te vejo, eu fico assim?
O que é que eu vou fazer pra que você preste atenção em mim?
Eu to correndo risco de me apaixonar, mas o meu coração não para de sonhar com os abraços que eu ainda não te dei, com os momentos que ainda nem sonhei.
O que é que eu vou dizer se algum dia por acaso você perguntar (e você já me perguntou) o que é que eu estou pensando, e não tiver coragem de confessar?
Eu to correndo risco de deixar passar, você me dá sinais que eu não sei desvendar.
Será que é somente a minha ilusão, um truque da imaginação?
Eu gosto tanto de você, que eu tenho a impressão, que eu já cansei de te dizer, mas você não presta atenção.
Eu to tentando encontrar o tal momento de falar que já não dá pra segurar essa paixão...
Escuta no brilho do olhar, palavras que eu digo sem dizer, escuta que você vai ouvir eu confessar sem perceber que te amo do fundo do meu coração...
E o meu dia foi tão triste, mas quando eu te vi...
Quando você dança comigo parece que eu to fora do chão, uma felicidade me invade e me faz flutuar...
E porque é que eu fico assim toda vez que eu te vejo?
Quando eu acho que tá morrendo, tudo renasce outra vez.
Seu sorriso me faz sorrir, e sorrir é o que eu mais faço quando estou com você, mas aí você vai embora e minhas lágrimas voltam, sem saber quando vou sorrir outra vez...

Às vezes eu odeio você, mas na maioria das vezes eu te amo sem você saber...


Este inferno de amar


Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma...quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há - de ela apagar?
Eu não sei, não lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Almeida Garret.


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